terça-feira, 29 de dezembro de 2009

O Natal de uma família grande!

Tendo o privilégio (julgo eu que o é) de ter nascido numa família numerosa, onde o festejo do Natal tem uma dimensão já não muito vista nos dias de hoje, acho que este ganha um significado especial. Este ano foram 35 sapatinhos. E posso dizer que não são apenas números, mas que tudo o que isso implica nos torna mais família.

É preciso gerar consensos desde a casa que acolhe o jantar, à distribuição pelas mesas, quem as arranja, bem como os assentos. Quem prepara o bacalhau, quem faz as rabanadas, que primo organiza os teatrinhos, em que sítio ficam as crianças a brincar…Por fim, decidir quando já é hora do Pai Natal, pôr todos os sapatinhos, colocar os presentes para cada um mais tarde vir descobrir a generosidade do outro.

Obviamente também terá aspectos menos bons, como uma pessoalidade menor, mas sem dúvida que por tudo o que envolve, é o momento da família, diferente de todos os outros vividos ao longo do ano.

Tigre Audaz

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Serras da Estrela e Açor!

A primeira era praticamente uma desconhecida, pois já nem havia memória da última visita, a segunda é uma paixão desde alguns anos a esta parte. Foi assim, que aproveitando um fim-de-semana prolongado, o último passeio foi através das Beiras serranas.
A cidade da Covilhã, primeiro destino da viagem, foi uma surpresa agradável. Situada na encosta do Maciço da Estrela, é um lugar que consegue conciliar a sua história e ao mesmo tempo desenvolver-se a caminho do vale, de modo a tornar a sua subsistência possível. A Serra da Estrela propriamente dita, para quem gosta de paisagens naturais, será um dos espaços mais esplendorosos em Portugal, apesar da sua “invasão humana”, facilitada por tudo o que tem pouco que ver com a natureza (estradas e mais estradas, centro comerciais, etc.). É óbvio que olhando para o magnífico monólito do Cântaro Magro, para as inúmeras lagoas, para a nascente do Rio Zêzere ou para o vale glaciário de Manteigas, esquecemos tudo isso.
Seguiu-se rumo ao coração da Serra do Açor, mais concretamente à aldeia histórica do Piodão, situada no vale profundo do pico do S. Pedro do Açor, o mais alto desta Serra. A Casa da Padaria (alojamento em casa típica da aldeia) contribuiu para a opinião muito positiva deste sítio que apesar de turístico, mantém intactas as suas características originais, provavelmente devido à sua difícil acessibilidade. O regresso feito por Coja, através de estradas que passam no alto da Serra, proporcionou mais algumas paisagens grandiosas, nas quais se incluia a agora distante Serra da Estrela.

São sem dúvida, lugares a revisitar brevemente…

Tigre Audaz

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

A memória de BP!

Destaca-se outra notícia esta semana, desta vez sobre a hipotética ordem de Baden Powell, para execução de um líder tribal aquando da liderança do exército inglês na África do Sul, em 1896. Em primeiro lugar, é de estranhar que tal acto só venha a público passado mais de um século, considerando a exposição mediática crescente que BP foi tendo ao longo da sua vida. Por outro lado, no momento actual que se vive, já não causa tanta estranhesa, os quase permanentes "ataques" dirigidos à Igreja e a todos os movimentos a ela associados, sob qualquer forma e feitio, uns mais disfarçados, outros mais frontais. Pena é, que a comunicação social não procure expor os benefícios que o escutismo traz à vida de um sem número de jovens, há mais de 1oo anos.
Ainda que este episódio fosse verdade, numa perspectiva escutista, teria sempre pouca relevância por vários motivos. Primeiro, à data desse acontecimento, BP não tinha feito promessa alguma (ao contrário do que sugere a notícia sensacionalista) e defendia com bravura os interesses do seu país naquele território, motivo pelo qual foi distinguido posteriormente. Depois, a fundação do movimento escutista só se deu 11 anos mais tarde, sendo mundialmente o maior movimento juvenil, o que fala por si só. Por último, quem não erra na vida? Para os cristãos, a conversão de São Paulo, apóstolo e autor de textos sagrados, talvez seja o grande exemplo de que uma vida vale pelo seu todo, e o bem que a visão de BP trouxe, traz e trará, à vida de cada escuteiro, é incomparavelmente maior que um erro que eventualmente possa ter cometido num contexto de guerra.

Tigre Audaz

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Pessoa: um prémio para uma especial!

Esta notícia é um sinal de esperança, que vem ao encontro daquilo que julgo ser o caminho acertado da construção da Igreja viva. Ser cristão, mais do que conquistas institucionais, é testemunhar todos os dias, os valores a que aderimos e temos por ideal, na nossa família, no nosso trabalho e nos nossos Agrupamentos.
D. Manuel Clemente, também um escuteiro de longa data, é sem dúvida um rosto desse testemunho que é fundamental aparecer na sociedade, pois esse, ao invés dos meandros do poder, é o caminho cristão por excelência.

Tigre Audaz

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Leva-me aos Fados

Mesmo para quem não é um grande apreciador deste género musical, este quarto albúm da fadista Ana Moura é um excelente meio de poder passar momentos de "relaxe", em qualidade.
O "Rumo ao Sul" estará no topo, mas existem outros temas simpáticos como o homónimo do albúm ou o "Como uma Nuvem ao Céu". Para quem pensou que fado "j'amais", é uma boa ocasião para afirmar "nunca digas nunca...".

Tigre Audaz

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Um outro Natal!

Aproxima-se mais um Natal e apesar da muito propalada “crise”, os centros comerciais e lojas continuam sistematicamente apinhados de gentes, num combate desenfreado à conquista da prenda. E a questão é que esta forte corrente tem tendência a prender-nos e a levar-nos na onda. Contudo, para um cristão não devia ser assim...
Mais do que estandartes, porque o testemunho da fé de cada um pode ter caminhos muito mais graciosos, do que o rivalizar com o São Nicolau ou o imitar ambientes de campeonatos de futebol, o Natal dos cristãos deveria ser o aceitar a presença de Cristo na nossa vida, fazendo-nos presença cristã na vida dos que nos rodeiam.

E essa “presença” pode passar obviamente por uma lembrança, mas também por um postal amigo ou por uma ajuda a quem mais precisa, entre muitas outras formas. Acima de tudo, importa o espírito com que fazemos esses gestos e o que estes podem significar para os outros.

Tigre Audaz

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Ser ou estar, eis a questão!

Ainda na última semana abordava o cariz escutista do CNE, que parece estar ameaçado com a perda de características fundamentais do próprio escutismo, aproximando-o de qualquer projecto de intervenção social ou grupo de jovens, onde o jovem “está” inserido.
No escutismo é diferente, porque começamos por “estar” nos escuteiros, mas acabamos por nos tornar escuteiros, ou seja, passamos a “ser” escuteiros. E isto faz toda a diferença, porque implica um forte compromisso e identificação pessoal, “sendo” escuteiros aqueles que adoptam o seu método e valores como referências de vida, daí a expressão corrente “escuteiro um dia, escuteiro toda a vida”. Método esse de BP, que visa o desenvolvimento integral dos jovens, através do “jogo escutista”, que é jogado em “patrulha”, no “ar livre”. Esperemos que por força das mudanças que se perspectivam, daqui a uns tempos não se diga “estive” nos escuteiros, ao invés de “fui” escuteiro.

Ironicamente, porque na língua de Shakespeare não existe distinção linguística entre “ser” e “estar”, poderá dizer-se ao estilo adaptado do poeta: ser ou estar, eis a questão!

Tigre Audaz

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Os Coristas

Recordo aqui este filme muito bom para quem gosta de educação e trabalho com jovens. Talvez por ter sido visto pela primeira vez no CIP (curso para ser dirigente do CNE), marcou logo pela história original, mas ao mesmo tempo realista. Passou desde logo a fazer parte da cinemateca doméstica, onde é visto com regularidade.

Usando a música como instrumento de aproximação e encorajamento dos jovens, “Os Coristas” deixa-nos a mensagem que por difíceis que sejam as condições de trabalho, os adultos com quem interagimos ou os jovens com quem trabalhamos, é sempre possível deixarmos um bocadinho do melhor que temos, naquilo que é feito. E o incrível é que há situações em que esse bocadinho se torna enorme…

Tigre Audaz

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Biodiversidade 2010!

A ONU declarou 2010, o Ano da Biodiversidade. Esta declaração terá certamente como propósito dar relevo em todo o planeta, à problemática da biodiversidade, termo utilizado para definir a variedade de organismos vivos e as relações existentes entre os mesmos.
Sendo o ICNB, o instituto que tutela essa área de intervenção em Portugal, já está a dar o exemplo, contribuindo significativamente para a preservação da espécie felina mais ameaçada no mundo - o lince ibérico, que é agora reintroduzido no país.

Cabe a cada um o dever de se informar de forma a proteger aquele que é o seu maior património.

Tigre Audaz

terça-feira, 17 de novembro de 2009

RAP: e o "Ar Livre", onde está?

“Um homem, naturalmente, não pode transformar-se de repente em pioneiro perfeito sem aprender algumas das artes e práticas difíceis de que ele se serve. Se estudardes este livro, encontrareis nele sugestões que vo-las ensinam…”
B.P. (no prefácio do “Escutismo para Rapazes”)

Há meses atrás foi abordado neste blogue, o RAP que está em curso no CNE. Já nessa altura, mesmo não havendo ainda um conhecimento profundo desta renovação pedagógica, mencionava uma das questões que parecia evidente e hoje se sente um pouco por toda a Associação: a perda de parte do método preconizado por BP, nomeadamente a definição do "ar livre" como espaço predilecto de aprendizagem, associado às "técnicas" que as vivências no mesmo, solicitam.
Apesar dos esforços já feitos para esta situação ser repensada, os dirigentes nacionais parecem não achar que isto se trata de algo fundamental para o escutismo, que difere do método das demais associações com objectivos idênticos (de intervenção social), precisamente pelas suas "particularidades". É nesse sentido que corre uma petição online para tentar sensibilizar definitivamente os escuteiros para esta questão, que poderá tornar o CNE, uma associação com fraco cariz escutista. Se pensas assim, existe esta forma de te poderes expressar…

Tigre Audaz

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Com que intensidade amas?

Na pouco regular, mas interessante leitura das reflexões diárias do Padre Vasco Pinto Magalhães, publicadas no “Onde há Crise, há esperança”, li algo interessante sobre as diferentes intensidades de amor que podemos ter na nossa vida.
O amor menos intenso que podemos ter é a "caridade", que quase indiferenciada pode-se ter com conhecidos ou desconhecidos, amigos ou menos amigos. Por seu lado, a "amizade" dá-se com um leque mais restrito e pressupõe a identificação em algo, com o outro. Já o "conjugal" existe apenas entre duas pessoas que têm entre si mais do que uma amizade e onde existe uma identificação maior. Por último, o "divino" é o de apenas uma pessoa com Deus, sendo para mim, isto sinónimo de compromisso com um conjunto de valores e ideais, reflectidos num carácter e numa maneira de viver, que está acima das relações entre os Homens.

Vale a pena olhar o mundo em redor e perceber que intensidade tem o amor que estabelecemos com cada um e cada momento da nossa vida, pois essa reflexão ajudar-nos-á a fazer melhores opções no nosso quotidiano.

Tigre Audaz

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Bear Grylls: um Chefe de outro mundo!

Edward Michael Grylls, conhecido como Bear Grylls, nasceu dia 7 de Junho de 1974 no Reino Unido, onde cedo começou a praticar escalada com o seu pai. Em 1994, ingressou no 21º Regimento do SAS (Special Air Service), uma força especial das Forças Armadas Britânicas. Em 1996, ao serviço desta mesma Força, sofreu um grave acidente no Quénia, quando num salto, o seu pára-quedas não se abriu totalmente.

Mas isso não fez Bear Grylls parar e em 1998, converteu-se no mais jovem alpinista britânico a culminar com sucesso a ascensão do Monte Everest, feito que o tornou conhecido em todo o país. Escreveu de seguida o seu primeiro livro (“Facing Up”), onde descreve esta aventura.
Dois anos depois, realizou a volta ao Reino Unido em Jet Ski. 2003 seria o ano para nova aventura: atravessar o Oceano Atlântico Norte, num barco rígido insuflável. Projecto que concluiu com êxito, e que dá origem ao seu segundo livro. Em 2005, ainda conseguiu quebrar um recorde mundial, ao comer uma refeição num balão de ar quente, a cerca de 7,5 km de altitude, aventura incluída na celebração do 50º aniversário do prémio Duque de Edimburgo.

A sua notoriedade não pára de crescer e leva-o à televisão, onde é convidado para filmar várias séries documentais num canal nacional. O êxito alcançado neste novo papel, faz com que o Discovery Channel (canal mundial por cabo), em 2006, o solicite para uma nova série, em Portugal chamada “Ultimate Survival”, que consiste na demonstração de técnicas de sobrevivência, sendo Bear Grylls “largado” nas zonas mais remotas do globo, tendo de voltar à civilização pelos seus próprios meios. Esta série, que bateu recordes de audiências, torna-o mundialmente conhecido.

A 17 de Maio de 2009, este aventureiro, escritor e apresentador de televisão, é eleito Chefe da Associação de Escuteiros do Reino Unido por um período de cinco anos, passando a ser o mais novo de sempre a ocupar este cargo criado por Baden Powell. Na sua tomada de posse em Julho de 2009, estiveram mais de 3000 escuteiros. Bear Grylls vive com a sua mulher e três filhos, num barco no rio Tamisa e também numa pequena ilha galesa. Este é sem dúvida, um Chefe de outro mundo…

Tigre Audaz

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Núcleo Oriental do CNE: um bom exemplo!

No último Domingo ocorreu mais um Dia de Núcleo Oriental, momento anual em que se reúnem todos os escuteiros da zona oriental da cidade de Lisboa. Este tipo de actividades, despertam sempre alguns sentimentos contraditórios, porque se temos a possibilidade de encontrar as boas práticas, também vemos as más, sobretudo a nível individual.

No que diz respeito ao Núcleo e de uma maneira geral, este tem constituído sem dúvida, uma boa referência para os Agrupamentos que o constituem (o próprio reconhecimento ao Chefe de Núcleo, o demonstra a nível individual e também de equipa). Reflexo disso é a participação assídua e aposta dos Agrupamentos, neste tipo de actividades. Provavelmente isto acontece também, porque nos dias de hoje torna-se cada vez mais difícil a angariação de recursos qualificados, bem como a disponibilidade de tempo para a construção de actividades, que partilhada poderá ser mais facilitada e também enriquecedora para os jovens. No entanto, será importante recordar que uma Unidade (Alcateia, Grupo ou Clã) se estrutura sobretudo “dentro de casa”, onde é fundamental o desenvolvimento de projectos comuns.

Em suma, foi mais um bom dia de actividades passado na zona do Beato, donde todos tiveram a possibilidade de sair mais “ricos”.

Tigre Audaz

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Everest

Não será com certeza o único com este nome, mas este "Everest" de Graeme Campbell, realizado em 2007, é um filme interessante, sobretudo para quem gosta de aventura e montanhismo. Embora diga respeito a uma escalada à montanha mais alta do mundo, na década de 80, retrata bem o ínicio de uma polémica que ainda se vive nos dias de hoje: a transformação de algo que era apenas paixão e gosto pela aventura, num verdadeiro negócio. Mostra também muitas das dificuldades e maneiras de estar na montanha e as suas consequências!

Tigre Audaz

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Família: uma “instituição” afectiva!

Ao longo dos tempos o conceito de família foi sendo por diversas vezes alvo de debate e reflexão. O que significa hoje a palavra família? Nas últimas décadas a sua imagem de “instituição hierarquizada” perdeu-se quase por completo, com reflexos visíveis na estruturação da nossa sociedade, tendo o afecto passado a ser o principal elo de ligação. Esta transformação que trouxe coisas positivas e negativas, deve-se à conjugação de diversos factores, onde estarão entre outros, a entrada da mulher no mercado de trabalho, o aumento das famílias monoparentais e a facilitação do acesso dos jovens à informação e consumo, que os rodeiam.
Apesar disso, observando o lado mais institucional da família, há uma coisa que sem dúvidas permanecerá imutável: os laços de sangue. Porque esses permanecem para sempre. Se pensarmos por exemplo, num conflito de um pai com um filho, por mais profundo que ele possa ser, este jamais deixará de ser seu pai. Já por outro lado e por incrível que possa parecer, existem casos de pais adoptivos que não se adaptando à criança acolhida, a devolvem ao lar donde procedia, terminando essa ligação em definitivo.

Talvez olhando o longo prazo, seja de facto este lado institucional que terá maior preponderância, mas no nosso dia-a-dia, família cada vez mais será sinónimo de afecto, conforto e amizade. A família será portanto uma “instituição” cada vez mais afectiva!

Tigre Audaz

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Serra do Louro (Palmela)

Para quem vive em Lisboa, o contacto com a natureza não é uma constante, mas numa época em que os acessos cada vez mais encurtam distâncias, não é necessário muito tempo para poder desfrutar do ar livre.

A Serra do Louro é um desses casos. Situada junto a Palmela, a sensivelmente 30 minutos de Lisboa (para quem vai de carro), tem um trilho pela sua cumeada, que é um excelente miradouro, donde se observa para Norte toda a península de Setúbal, passando por Lisboa, até à Serra de Sintra, e para Sul, o rio Sado e as Serras de S. Luis e Arrábida. Ao longo desta cumeada situam-se inúmeros moinhos, em diferentes estados de conservação, e também dois locais arqueológicos, um com as primeiras ocupações a datarem da Idade do Cobre (Castro de Chibanes) e o outro com ocupação durante o primeiro milénio da nossa era (Povoado “Alto da Queimada”). Descendo a vertente Norte até à povoação de Quinta do Anjo, encontramos também sepulturas do Neolítico, associadas à presença humana mais antiga.

Ainda de constatar a possibilidade de visitar um dos moinhos onde há fabrico de pão tradicional e de fazer uma burricada ao longo destes trilhos…Vale a pena conhecer!

Tigre Audaz

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Doug Scott: um alpinista de outros tempos!

Destaque para este interessante artigo, publicado na revista Pública, sobre Doug Scott, um alpinista de outros tempos e um conselheiro dos nossos tempos, que nos fala das suas interessantes experiências de vida. Aborda ainda aquela que considera a verdadeira natureza da actividade de montanha e as transformações que esta sofreu com as mudanças do mundo. Um exemplo de destreza e coragem, dificil de encontrar nos dias de hoje... A ler!Tigre Audaz

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Prémios: motivação ou reconhecimento?

Já muito foi discutido e opinado o prémio Nobel da Paz atribuído a Barack Obama, e conclui-se que poucos são os que estão de acordo. Esta realidade compreende-se pois a atribuição de um prémio, qualquer que seja ele, deve ter por objectivo o reconhecimento de algo. E quando falamos de um prémio Nobel, espera-se obviamente que esse algo seja de grande relevância. Ora, Obama não o fez no que à paz mundial diz respeito, pelo que a leitura que se tira desta atribuição, é que pretendem que o actual presidente dos Estados Unidos o faça (porventura terão pensado que esta seria uma boa forma de o motivar), o que considerando o cargo que ocupa, não se afigura fácil.Com isto, voltamos aquilo que é a questão central: é que um prémio deve ser uma forma de reconhecimento e não de motivação ou pressão, porque para isso existem outras formas. Como se sentirão aqueles que eventualmente poderiam ser premiados pela sua “obra”? Se olharmos à nossa volta, vemos que isto acontece tantas vezes, e que o reflexo desta cultura, é que se passa a vida à espera que estas “motivações” nos caiam no colo, em vez de irmos à procura do mérito real!

Tigre Audaz

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

O maior legado...

Destaque para esta notícia do jornal "O Público", que explica porque razão poderemos daqui a 20 anos navegar no Oceano Ártico. Mais do que isso, mostra-nos o que poderá vir a acontecer ao planeta Terra quando alcançarmos esse ponto.

Só isto deveria bastar para todos em conjunto pensarmos em dar valor e tratar melhor aquilo que é nosso por inerência. Mais que qualquer descoberta científica ou outra, este será sempre o maior legado que poderemos deixar às gerações vindouras...

Tigre Audaz

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Green Day no Pavilhão Atlântico!

Dia 28 de Setembro, era O DIA de ter a possibilidade de ver ao vivo aquela que foi sempre a banda n.º 1. Estive lá e as expectativas cumpriram-se. Apesar de em Portugal não haver uma cultura punk propriamente dita (num povo tão conformado com o seu fado, era difícil ser diferente), foi engraçado verificar que os próprios fãs são o reflexo do percurso da banda. Se por um lado havia uma grande percentagem de trintões (alguns já com os filhos), adeptos desde o rebelde álbum “Dookie” de 1994, por outro há agora uma nova geração conquistada com o mais interventivo “American Idiot” de 2004.
Mesmo com a evolução natural, a força e a energia estiveram em palco desde o inicio ao fim. Muita interacção com o público, muitos êxitos antigos recordados, pirotecnia quanto baste e muitos fãs em palco, onde o momento alto aconteceu, quando um jovem fã assumiu o papel de guitarrista e tocou irrepreensivelmente “Jesus of Surbubia”. A não esquecer…

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

A história de Edgar Sawtelle

Foi o título escolhido, um pouco ao acaso, para literatura de verão (dado o seu volume, este verão foi mesmo a única). A primeira obra de David Wroblewski, que tem a curiosidade de ter levado dez anos a ser escrita, é um romance que se lê bem e que trata a história de uma criança muda de nascença, cuja família tem uma longa tradição na criação de cães. É a própria vivência de Edgar Sawtelle, que o leva a questionar-se acerca da verdadeira natureza destes animais. Com um desfecho imprevisível, é um livro que nos leva à reflexão.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Matéria prima, precisa-se!

É um texto já com algum tempo, mas relembrei-o hoje num mail que recebi e julgo que faz todo o sentido partilhá-lo, tendo em conta as eleições que se avizinham.

"A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como Cavaco, Durão e Guterres.
Agora dizemos que Sócrates não serve.
E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada.
Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates.
O problema está em nós. Nós como povo.
Nós como matéria prima de um país.
Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro.
Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais.
Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais
poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL,DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.
Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa,como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos... e para eles mesmos.
Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porqueconseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo, onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos.
Pertenço a um país:
-Onde a falta de pontualidade é um hábito;
-Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano.
-Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e, depois, reclamam do governo por não limpar os esgotos.
-Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros.
-Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é 'muito chato ter que ler') e não há consciência nem memóriapolítica, histórica nem económica.
-Onde os nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média e beneficiar alguns.
Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicaspodem ser 'compradas', sem se fazer qualquer exame.
-Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não lhe dar o lugar. -Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão.
-Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos governantes.
Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de trânsito para não ser multado.
Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas.
Não. Não. Não. Já basta.
Como 'matéria prima' de um país, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que o nosso país precisa.
Esses defeitos, essa 'CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA' congénita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até se converter em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é real e honestamente má, porque todos eles são portugueses como nós, ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não noutra parte...
Fico triste.
Porque, ainda que Sócrates se fosse embora hoje, o próximo que o suceder terá que continuar a trabalhar com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos.
E não poderá fazer nada...
Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá.
Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco, nem serve Sócrates e nem servirá o que vier.
Qual é a alternativa ?
Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror ?
Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa 'outra coisa' não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados... igualmente abusados !
É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimentocomo Nação, então tudo muda...
Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um messias.
Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses nada poderá fazer.
Está muito claro... Somos nós que temos que mudar.
Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a acontecer-nos:
Desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e,francamente, somos tolerantes com o fracasso.
É a indústria da desculpa e da estupidez.
Agora, depois desta mensagem, francamente, decidi procurar o responsável, não para o castigar, mas para lhe exigir (sim, exigir)que melhore o seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido.
Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO DE QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO.
AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO NOUTRO LADO.
E você, o que pensa ?... MEDITE !"

EDUARDO PRADO COELHO in Público

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Seremos o que quisermos!

Talvez nunca em anos recentes, os portugueses tenham tido a oportunidade de em apenas quinze dias, decidirem, através das duas eleições que mais directamente influenciam a nossa vida, o rumo querem seguir. Coincidindo com o regresso ao trabalho, vêm numa altura propícia a tomadas de decisão.
Numa sociedade que se quer equilibrada, cabe a cada um de nós ser agente da mudança. E esta mudança não se refere a cores partidárias, mas antes à vontade de construção de uma sociedade mais justa e de um lugar melhor para viver. É por isso dever de todos informarem-se, esclarecerem-se, para com discernimento exercer nos próximos dias 27 e 11, aquilo que é um direito cívico, mas também uma forma de participação no mundo que nos rodeia: votar!

Como diz a múscica: seremos o que quisermos!

Tigre Audaz

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Novo ano escutista!

Mais um ano... Será apenas mais um? Para alguns talvez, mas para aqueles que adoptam o modo de vida que BP preconizou, nunca será apenas mais um! Porque este é o tempo de recomeçar de novo, de rever amigos, de promover chegadas e partidas, de construir novas patrulhas e equipas, de escolher novos guias e funções. É o tempo de ir à procura de novas aventuras, de idealizar novos empreendimentos e de percorrer novos caminhos. No fundo, é o tempo de sonhar e entusiasmar...Apenas este espiríto de querer chegar mais além dará sentido ao Escutismo, à vida dos jovens que com ele se comprometem e à dedicação que tantos animadores lhe têm, procurando torná-lo todos os dias um trilho autêntico rumo à felicidade!

Tigre Audaz

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Tempo para ser Pai!

Cada vez mais, vai-se tornando um hábito, todos os anos haver um sem número de eventos e festivais para crianças. A grande maioria deles, um sucesso nas bilheteiras, por vezes nada acessíveis em termos de preço. Porquê? A resposta mais imediata e óbvia seria “porque as crianças gostam”. Mas se olharmos com profundidade, é mais do que isso, é o reflexo da sociedade em que vivemos. Daquilo que a mesma exige aos pais, do egoísmo em que estes vivem e da época mediática em que estamos.Mais em concreto isto significa que, se por um lado é real o pouco tempo que muitos trabalhos deixam aos pais para estar com os filhos, por outro também é verdade que os próprios pais não o procuram “ganhar”, optando muitas vezes por gastar horas desnecessárias no emprego, e mesmo no pouco tempo que ainda lhes sobra, fazer outras coisas que não “ser “ pai ou mãe. Depois, de certa maneira e num contexto em que se valoriza tudo o que é mediático, opta-se por “consumir” programas tantas vezes desajustados às necessidades reais dos filhos, que por motivos óbvios passarão também por uma maior proximidade e afectividade, que não se “constroem” nestes eventos…

E por isso é compreensível ver em eventos destes, crianças aborrecidas e desinteressadas, contrastando com pais entusiasmados, que ali gastaram uma boa dezena de euros e se predispõem a estar em condições, fisicamente, nem sempre fáceis para os filhos. Sabendo que isso poderá depender muito dos governantes, mas também das opções das famílias, não seria mais útil procurar mais tempo para os filhos, abdicando de outras coisas, mas proporcionando-lhes uma paternidade mais próxima e afectiva? Será uma questão de poder ou uma questão de querer?

Tigre Audaz

terça-feira, 28 de julho de 2009

Formação de adultos? Para quê e para quem?

O CNE tem em projecção mais uma actividade formativa proposta para o inicio de Setembro, com um conceito novo em relação ao que habitualmente é feito na associação e que poderá ser bastante interessante.

Contudo, surgem algumas questões pertinentes em relação à mesma: Será que participa quem quer ou quem pode? Será que os que querem e podem, são os que mais precisam? As verbas que irão ser gastas nesta actividade, não poderiam ser melhor aproveitadas? Mais algumas questões poderiam surgir, talvez simplesmente por continuarmos a não ir ao fundo desta questão.

É hoje visível que os Recursos Adultos são a área que mais necessita de uma renovação na associação, quer a nível de perfil dos animadores, quer a nível de formação. E se a primeira só poderá mudar com um melhor recrutamento, que será tanto melhor quanto melhor for a base de escolha (o que por sua vez também está dependente da animação nos agrupamentos), a segunda só poderá melhorar com a alteração dos requisitos para se estar apto para a animação no CNE.

Isto é, a formação no CNE deveria ser flexível, mas contínua e obrigatória, não estando apenas dependente da vontade do animador, até porque provavelmente aqueles que o fazem voluntariamente, serão por norma, os melhores preparados. Outra questão prende-se com a necessidade de disponibilizar recursos regionalmente, permitindo o acesso fácil e sistemático, a todos. Haverá muitos detalhes por pensar, mas este é um caminho, com certeza grande, que precisa de começar a ser percorrido, pois só ele poderá preparar o CNE para um futuro onde se querem resultados mais visíveis da nossa acção.

Tigre Audaz

sexta-feira, 24 de julho de 2009

O Bom Rebelde

Estreio esta nova temática do blog, com O Bom Rebelde, filme já visto inúmeras vezes, mas que ainda assim transmite-nos sempre mais qualquer coisa, cada vez que se vê.
Foi o que fiz há pouco tempo, e se calhar hoje, mais do que há dez anos, quando foi lançado, o filme aplica-se à realidade: nas defesas que criamos à nossa volta, não mostrando aquilo que realmente somos, na dificuldade em pôr os nossos talentos aos serviço do bem comum e talvez na ausência de vivências plenas que enriqueçam a vida de cada um (notável a conversa do psiquiatra na segunda sessão com o jovem Will).

Tigre Audaz

terça-feira, 21 de julho de 2009

E a Terra?

Celebrou-se ontem mais um aniversário da primeira pegada colocada pelo Homem na Lua... Passados 40 anos, fica a pergunta: que impacto teve esse momento no nosso mundo?

Apesar do grande mediatismo que teve, esse acontecimento visto nos dias de hoje, parece que foi apenas uma conquista disputada entre duas nações e um gasto de recursos desnecessários, mesmo sendo certo que por outro prisma pode ter sido o impulso no desenvolvimento de uma série de tecnologias e conhecimentos.
Se dantes esta era uma matéria com algum fascínio, hoje, avaliando o estado do nosso planeta quatro décadas depois, preocupa o facto de não conseguirmos preservá-lo e talvez faça sentido pensar que toda a energia gasta nesse empreendimento, poderia ter sido investida na melhoria da Terra. A não ser que estejamos a pensar na mudança de "casa"...

Tigre Audaz

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Caminheirismo: o “estágio” escutista?

É curioso observar que quanto mais lemos as obras de BP, mais vamos percebendo a capacidade que este tinha para criar respostas adequadas às necessidades da juventude. O livro A Caminho do Triunfo é uma boa prova disso mesmo.

O Caminheirismo, em inglês Rovering, é a última etapa de formação escutista, a que corresponde a idade de jovens adultos (dos 18 aos 22 anos), e onde estes se tornam os principais mentores do seu próprio trajecto. Aqui o percurso torna-se mais personalizado, onde através do Projecto Pessoal de Vida, o jovem adulto com o apoio do seu animador, estabelece objectivos a alcançar nas suas várias dimensões pessoais. Destes objectivos alguns concretizar-se-ão individualmente, sendo que os outros poderão ser intenções expressas na Carta de Clã, concretizadas na Caminhada.
Também a substância da sua actividade muda juntamente com a sua divisa (agora Alerta para Servir), deixando a técnica escutista e a vida em equipa, de ser um fim do seu projecto, para passarem a ser ferramentas na concretização da Caminhada. No fundo, trata-se de uma etapa mais autónoma, onde se fazem opções, experimentando viver todos os valores e aprendizagens, interiorizados ao longo do percurso escutista, o que será na realidade, uma espécie de “estágio” acompanhado…

Uma última nota para dizer que tudo isto pensado por BP, será o suficiente para podermos entender a importância da vivência desta etapa, em detrimento de uma Comissão de Serviço numa Secção, que tantas vezes a hipoteca!

Tigre Audaz

terça-feira, 14 de julho de 2009

Férias: paragem ou arranque?

É assim, as férias que já vão sendo realidade para alguns, aproximam-se também para outros, e neste tempo entre o "final" e o "princípio", as opções de cada um são as mais diversas, sendo sempre o reflexo daquilo que são as nossas vidas.

Por um lado é o chegar ao fim de um caminho, e por isso mesmo um tempo de paragem, em que se procura descomprimir, descansar e divertir, fazendo aquilo que um ano de "correrias" desenfreadas para o cumprimento das responsabilidades que a sociedade nos induz, não permitiu concretizar.

No entanto, noutra perspectiva, é também o arranque de um novo ciclo, onde se sonha, projecta e se traçam metas para o ano vindouro, sempre em busca de um discernimento acertado que nos permita um equilíbrio entre deveres e gostos.

É no fundo uma etapa de recarregar energias e de ao mesmo tempo reflectirmos onde as pretendemos gastar.

Tigre Audaz

quinta-feira, 9 de julho de 2009

National Geographic em Português

Este mês foi lançado o 100.º número da revista National Geographic Portugal, marca assinalável para uma publicação que veio colmatar uma lacuna existente na nossa imprensa escrita… Com artigos variados e interessantes ao longo destes 100 números, abordando as áreas da geografia, história, cultura, ciências e ambiente, entre outras, penso que esta revista tem enriquecido os conhecimentos dos seus leitores.

Destaca-se ainda neste número, o artigo sobre a vida do fundador D. Afonso Henriques, sendo que a compreensão das nossas origens é importante para, por um lado reforçar o nosso sentido de pertença e identificação enquanto povo neste mundo globalizado, mas por outro perceber que aquilo que também não somos assim tão diferentes dos demais…

Tigre Audaz

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Um bem precioso!

Dando eco ao paradigma já observado nos locais mais remotos do planeta, hoje, aquele que é um problema do presente e que se nada for feito se tornará num dilema do futuro, já se verifica cada vez mais perto de nós.
Como relata a notícia, o aquecimento do planeta associado a uma menor precipitação e a um consumo de água desmesurado por parte da população, está a provocar o desgaste de uma das mais belas paisagens de Portugal que já tive oportunidade de visitar. As consequências poderão ser catastróficas, por isso cabe a cada um defender aquilo que é "nosso", sendo que apenas esta compreensão poderá mudar o destino do planeta. Fica portanto a esperança de poder legar estas e outras maravilhas aos que vierem depois de nós.

Tigre Audaz

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Lobitismo: a escolinha escutista!

Talvez seja por serem orientados por chefes mais velhas, ou talvez por ainda terem tenra idade, mas sempre me causou alguma estranheza ver alcateias que funcionam como um qualquer ATL.

Ao contrário desta perspectiva, olho para esta etapa como uma oportunidade de iniciação à assimilação dos aspectos mais básicos da vivência escutista. Assemelha-se no fundo ao papel de escolinha, como o primeiro ciclo escolar onde aprendemos a ler e a escrever, ou como na escolinha de futebol, em que se aprende a receber e passar a bola. Aqui devia-se aprender o “jogo escutista”, a higiene pessoal, o montar a tenda, o arrumar a mochila, a vida em campo, etc...

Evitava-se aquilo que acontece tantas vezes, ou seja, que o jovem chega aos exploradores depois de 3 ou 4 anos na Alcateia, e continua a depender do animador para a concretização de muitas destas tarefas.

Outro aspecto que importa referir é o facto de muitas vezes os lobitos não transitarem para a II Secção na altura mais natural, isto é, quando transitam do primeiro para o segundo ciclo escolar. A razão maioritária, prende-se com a intenção das Aquelás terem lobitos mais velhos que tornem a Alcateia mais “forte”. Mas não faz sentido, porque o que se pretende é o desenvolvimento do jovem, e nesta fase só os ajudará a crescer, fazer esta mudança.

Tigre Audaz

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Eu voto no Partido pelas Pessoas!

Está-se a tentar reunir, as assinaturas necessárias para a criação de um Partido pelos Animais. É uma liberdade que assiste a qualquer um, mas não consigo entender que numa sociedade onde existe tanta pobreza, onde crianças são vitimas de maus tratos, etc., se gastem tantas energias nesta causa. Até porque para esse tipo de acção, existem associações e outras entidades, que poderão é fazer mais e melhor.
O que me parece óbvio, é que os actuais partidos fazem pouco pelas pessoas, porque estas fazem muito por si e pouco pelos outros. Por isso apoiarei sim, aquele partido que em primeiro lugar defenda as pessoas e que procure o seu bem-estar!

Tigre Audaz

segunda-feira, 29 de junho de 2009

A caminho de mais uma...

No mundo só existem 14 montanhas com altitude superior a 8.000 metros, todas elas situadas na grande cordilheira dos Himalaias. O mais mediático alpinista português, João Garcia, tenta agora a escalada da 13.ª destas montanhas. Caso seja bem sucedido, poderá no próximo ano completar o seu projecto, alcançando o último destes cumes.
Transformando a sua trágica escalada ao Everest, em 1999, no inicio de um trajecto notável, João Garcia difere dos demais pela sua serenidade, dedicação e racionalização de recursos, tendo conseguido reunir os apoios necessários à concretização deste projecto, num país onde esta actividade tem pouca expressão.

De salientar ainda a sua postura em relação à natureza, sendo que as suas ascensões são feitas sem recurso a oxigénio artificial e sem carregadores de altitude, transportando ele próprio o seu material, em oposição a muitas expedições, normalmente comerciais.
Poderão acompanhar a expedição ao Nanga Parbat aqui.

Tigre Audaz

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Outro Quioto? Esperemos que não...

Foi noticiado já há algum tempo que está a ser germinado um novo protocolo, sucessor de Quioto, para as questões climáticas. É sem dúvida uma boa intenção, mas como diz o povo "dessas está o inferno cheio". Como o objectivo será de facto o nosso planeta não se tornar um "inferno", algo que é inevitável se não se travar o aquecimento global, é desejável que o novo protocolo seja mais do que um papel pomposamente assinado, mas que só se cumpre se for "possível". É preciso que seja um compromisso de todos para todos, onde haja uma fiscalização real que penalize aqueles que não interessados na construção de um mundo sustentável.

Tigre Audaz

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Uma casa ao ar livre…

É uma ideia já com algum tempo, que surgiu com o sentimento de que muitos escuteiros passam muito mais tempo nas suas sedes do que no seu “habitat natural” – o ar livre. Indo mais longe do que a óbvia necessidade de se acampar mais e de se fazer mais actividades fora de portas, ocorreu-me que os Agrupamentos das grandes cidades, onde o contacto assíduo com a natureza é mais difícil, poderiam ter a seguinte alternativa: através de um protocolo estabelecido entre a Região/Núcleo e as autarquias, existir a possibilidade de implementar as sedes junto aos grandes parques das cidades (ex: Monsanto, Bela Vista, etc.) oferecendo em troca a ajuda na preservação dos mesmos. É arrojado, mas primeiro incutiria uma maior consciência ambiental em cada jovem, depois seria uma excelente oportunidade de preparação para actividades futuras…

Tigre Audaz

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Prenda ou Presente?

Numa altura em que o consumismo é uma das características mais acentuadas da sociedade, partilho uma reflexão que em tempos escutei com atenção: serão prendas e presentes a mesma coisa?
A primeira, da família do verbo prender, cria dependência, e está tantas vezes ligada a essa obrigação de comprar, mesmo que indiferenciadamente, para satisfazer ou compensar alguém. Já a segunda pode ser forma de dizermos que estamos “presentes” na vida do outro, de lembrança e de relacionamento aprofundado. É no fundo uma boa analogia para o tipo de relações que estabelecemos com terceiros e a maneira nos posicionamos no mundo que nos rodeia…
O uso de prendas é cada vez mais recorrente, mas continuo a preferir os “presentes”.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Barragem do Maranhão (Avis)

Desta vez o destino foi a barragem do Maranhão, junto a Avis, em pleno coração do Alto Alentejo. Exceptuando o calor intenso (os passeios nesta região, são mais aconselháveis noutra altura do ano), foi um passeio agradável por graciosos lugares históricos, como Arraiolos, Pavia, Mora ou Avis, onde a arquitectura vernacular se mantém em grande parte.

A barragem do Maranhão é também ela simpática e possui algumas infra-estruturas de apoio, destacando-se as actividades do clube náutico. Uma referência ainda ao novo Fluviário de Mora, que apesar de ter algum interesse, talvez não justifique uma visita por si só.

Pena é, que esta zona pouco explorada de Portugal (apesar dos bons acessos através das estradas nacionais e de ser relativamente próxima de Lisboa), mas de bastante interesse, não tenha um investimento turístico à altura, que potencie a mesma e evite uma continuada “desertificação do interior”, que é aqui notória.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

RAP - Renovação ou Dispersão?

Por mais que reflicta, não consigo encontrar fundamento na transformação que o RAP vai trazer ao Sistema de Progresso, sendo que este é um meio, cuja finalidade sim é formar jovens integralmente. Não podemos esquecer que existirão outras entidades que terão os mesmos objectivos, mas que o escutismo difere destas precisamente pelo seu método.

Com certeza serão necessárias melhorias e ajustes no Progresso, e talvez nos Caminheiros uma mudança maior, pois um sistema de provas não parece ser o melhor (uma boa opção poderia ser algo mais assente nos objectivos do PPV).

Contudo julgo que a grande questão da acção pedagógica do CNE, não está aqui, mas sim nos Recursos Adultos. Recursos esses que tantas vezes não constituem um exemplo de vida para os jovens e que tantas outras vão promovendo vivências nas unidades e agrupamentos que são pouco escutistas.

Acredito também que os CIPs não possam ser uma mera formalidade para se ser Dirigente. Têm que ser um verdadeiro espaço de formação e avaliação de quem está realmente preparado para ajudar a formar jovens. Só assim haverá uma melhor aplicação do método escutista, dos Sistemas de Patrulha e Progresso, e consequentemente melhores escuteiros, dos quais deverão sair a grande parte dos dirigentes de amanhã. Existirão excepções, mas quem melhor para transmitir algo, senão aquele que o assimilou desde tenra idade.

Tigre Audaz

sexta-feira, 12 de junho de 2009

HOME - O Mundo é a nossa Casa!

Lançado gratuitamente no Dia do Ambiente (5 de Junho), este documentário é mais um alerta, daquilo que nós Homens vamos fazendo todos os dias à nossa "casa". Não se pode ficar indiferente...

Com grande impacto visual, este documentário foi realizado por Yann Arthus Bertrand, para quem não se recorda, autor de "A Terra Vista do Céu", livro com imagens grandiosas do nosso planeta.

Quem quiser ver o documentário, poderá fazê-lo aqui.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

A Inércia é um Ciclo…Tu Podes Invertê-lo!

Mais uma eleição sem grandes emoções, que mais não seja deu para encontrar um amigo de longa data. Para espanto meu, este antigo “combatente” de causas e ideais políticos, deslocava-se desta vez às urnas, apenas para cumprir o seu dever cívico, não recorrendo ao uso da caneta para o fazer.

E também apesar dos muitos euros gastos em campanhas estéreis, que parecem não mais servir do que para nos convencer que todos têm feito aquilo não fizeram, a abstenção bateu no topo (62,5 %). Mesmo assim, no fim cantam-se vitórias e derrotas, onde estranhamente quase todos saem felizes. Eu não saio, não pelo resultado, que me diz pouco, mas pelo país em que vivo…

Um país onde temos os políticos que merecemos, que nos vão envolvendo neste ciclo vicioso da inércia e do deixar ir andando, enquanto eles tomam as decisões que ditarão o nosso futuro…Cabe-nos despertar, a nós e ao amigo, e dizer-lhes que independentemente da ideologia, é preciso “lutar” sempre por um país melhor, mais honesto, justo e solidário. Só assim mudaremos o nosso fado, que parece eternizar-se na História…

Tigre Audaz

segunda-feira, 8 de junho de 2009

White Lies for Dark Times

Mais um álbum de Ben Harper, músico que comecei a ouvir bastante nos últimos anos, pela serenidade introspectiva das suas canções. Agora num projecto com novos músicos (Relentless7) e numa versão mais “rock”, surgiu White Lies for Dark Times (a capa do CD é notável). Regresso em grande estilo…

sexta-feira, 5 de junho de 2009

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Onde Há Crise, Há Esperança

Voltemos às leituras, agora com um título bem adequado aos nossos dias – Onde Há Crise, Há Esperança. Depois de Não Há Soluções, Há caminhos, este é o segundo livro do género em que o padre Vasco Pinto Magalhães partilha 365 pensamentos, a partir dos quais vamos reflectindo sobre os trilhos percorridos e descobrindo novos rumos…
“Porque o padre Vasco questiona o básico, começando pelos significados de palavras que sempre usámos, tais como “alegria”, “respeito”, “felicidade” … Vai ao grego ou ao latim e volta à vida.” (in prefácio de Nuno Tovar de Lemos, sj). Um bom livro de cabeceira…

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Uma Escola de Vida (ou de Sonho)

Não é raro ouvirmos dizer que o escutismo não é um passatempo, mas sim uma forma ou escola de vida. Talvez por isso em conversas dos tempos de Clã, tenha surgido uma ideia que contudo poderá não ser nova: criar uma escola onde o escutismo fosse vivido no dia-a-dia. Por força da cultura que hoje vivemos na nossa sociedade, torna-se cada vez mais difícil (mas não impossível), inspirar nos jovens, este modo de vida que é o escutismo, porque a oferta é ampla e permanente, enquanto o contacto com o escutismo é normalmente apenas semanal.
Assim, seria desenvolvida uma escola onde os valores e método do escutismo estivessem presentes e fossem um complemento ao ensino formal (que será sempre necessário). A escola seria numa quinta com fauna e flora variada. Seria adoptado o uniforme escutista. As turmas seriam grupos organizados em patrulhas, vivendo um imaginário anual, tendo tarefas diárias na manutenção da quinta, jogos escutistas nos tempos livres, construção de projectos (caçadas, aventuras e empreendimentos) a realizar durante o ano, etc. Tudo isto traria também a vantagem de o fim-de-semana ser mais exclusivo para a família e outras actividades.

Talvez o escutismo chegasse mais longe e fosse uma referência positiva na vida de um maior número de jovens. Obviamente é uma ideia utópica, mas sonhar precisa-se…

Tigre Audaz

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Vieira de Leiria

Pequena passeata feita este mês para os lados de Leiria. Não há muito a mencionar: um sem número de praias, a maioria atacadas pela “febre” do cimento e o agradável Pinhal de Leiria. Destacam-se a forma peculiar da praia de S. Martinho do Porto, a magnifica vista do Sítio da Nazaré, as fábricas do vidro na Marinha Grande e a tranquila São Pedro de Moel (foto), com uma arquitectura típica na zona junto à praia. Felizmente aqui não foram os euros a definir a paisagem...De Vieira, ficam os graciosos fins de tarde.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Parabéns ao ZOO!

O Zoo de Lisboa faz hoje 125 anos e está de parabéns. Não só por isso, mas sobretudo porque soube não estagnar no tempo e acompanhar os tempos que correm. Desde a infância que ganhei o hábito de visitar esta entidade centenária (ia muitas vezes com o meu pai e com os meus irmãos, agora levo eu os pequenotes), e é com agrado que vejo que hoje é muito mais que um lugar onde os animais estão expostos...A informação sobre as espécies e a recriação dos habitats, são muito boas! Sabemos que tudo isto tem um custo, mas os preços proibitivos dos bilhetes não deixam de ser um aspecto negativo...

Tigre Audaz

P.S. - Bom local para actividades da escuteirada mais nova!

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Gerês e Flores - Reservas Mundiais da Biosfera

Este reconhecimento por parte da UNESCO, é uma boa notícia, pois será mais um contributo para realçar a importância de proteger estes dois espaços naturais, sempre ameaçados pela acção do homem. Já estive no primeiro, um recanto de Portugal onde a natureza se apresenta na sua melhor forma (lugar onde todo o escuteiro deveria ir pelo menos uma vez). As Flores (só conheço S. Miguel) serão um destino a ter em conta...
Tigre Audaz

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Remar Vs Velejar

Se a fé é a descoberta permanente de Deus, sem dúvida que as celebrações do CUPAV são um excelente lugar para a aprofundar. Partilho este pensamento inspirador do padre João Norton, um dos habituais celebrantes… Se nos questionarem o que é o Espírito Santo ou de Deus, mesmo sendo um cristão consistente, temos dificuldade em defini-Lo. Contudo podemos pensar nesse Espírito como uma brisa, que não se vê, mas que nos toca, e que à sua semelhança, conforme nos despojamos mais do acessório, mais sensibilidade temos para o sentir.
Imaginando que a vida é um imenso mar, onde esta brisa nos vai soprando, como cristãos adoptamos normalmente uma de duas posturas: ou remamos, remamos, concentrando todas as nossas forças nessa tarefa, achando que isso nos leva mais longe no nosso caminho, ou içamos a vela do nosso coração, deixando o sopro de Deus guiar a nossa vida, apreciando tudo o de bom que Ele nos dá.

Tigre Audaz

sexta-feira, 22 de maio de 2009

A Vida Vai Correndo Como Um Rio…

É sabido que estas barragens tiveram em seu tempo uma função e utilidade, mas esta notícia é uma boa metáfora daquilo que o Homem por tantas tem feito neste mundo: construímos “barragens” que não deixam a vida (água) seguir o seu rumo naturalmente e nos fazem estagnar, não sabendo ver Deus naquilo que nos rodeia. Mas depois por decisão própria ou desgaste provocado pela força da água, a vida retoma o seu caminho e o mundo fica um pouco mais harmonioso.
Numa óptica mais ambiental, é de salientar o papel que organizações como a WWF têm desempenhado na preservação do melhor que a Terra tem…

Tigre Audaz

21st Century Breakdown

Os Green Day lançaram mais um álbum: 21st Century Breakdown. São sem dúvida a minha banda de eleição. Surgiram em Portugal com o lançamento de Dookie, apesar de terem gravado anteriormente dois álbuns (que obviamente adquiri logo a seguir a receber o primeiro) com uma editora de menor dimensão . Oferecido por alguns amigos, o “rebelde” Dookie tornou-se incontornável na fase da adolescência, ouvido vezes sem conta e “arranhado” na guitarra outras tantas. Apesar dos álbuns posteriores de menor sucesso, a fidelidade permaneceu e todos eles se encontram lá na prateleira. O gosto era tal, que até o membro mais novo do “clã” ficou adepto (em Setembro lá estaremos no Pavilhão Atlântico). Em 2004, foi lançado o American Idiot, o segundo grande sucesso da banda, agora mais madura e interventiva face ao mundo actual (tal como eu, na devida proporção:). 21st Century Breakdown à primeira escuta parece mais pensado, trabalhado, mas sem perder a irreverência dos primórdios. A digerir…

quinta-feira, 21 de maio de 2009

O Terceiro Vector!

Já lá vão os anos, mas há algo de um encontro de jovens organizado pelo clã a que pertencia, que me ficou para sempre na memória: o terceiro vector.
Se olharmos o ser humano sobre a perspectiva de um gráfico, veremos que existe uma dimensão inerente a qualquer pessoa quando nasce – a física. É como se fosse o nosso eixo dos X. À semelhança de qualquer vida animal, com ele a existência é possível, apesar de linear.
Ao longo do nosso crescimento começa a desenvolver-se uma segunda dimensão - a intelectual - relacionada com o conhecimento, a personalidade, etc... Com este segundo eixo, o indivíduo alcança um espaço. Acontece que os anteriores são ambos importantes, mas só são visíveis e ganham “corpo” se existir um terceiro vector – o da espiritualidade. É este que dá sentido à vida, que a provém de valores e a faz caminhar rumo a um ideal. Mesmo que os dois primeiros se revelem de pequenas dimensões, o eixo vertical, que aponta a Deus, dar-lhes-á sempre substância. E ensaiando várias hipóteses, compreende-se que um desenvolvimento harmonioso e continuado, destas três dimensões, será sinal do equilíbrio autêntico para um trilho de felicidade.

Tigre Audaz

quarta-feira, 20 de maio de 2009

O Meu País Inventado...

A última leitura foi O Meu País Inventado da Isabel Allende. Para quem gosta de geografia, história ou de conhecer outras culturas, aqui está um livro simpático de ler e bem-humorado, para descobrir o Chile e os Chilenos, povo que apesar de ter naturalmente raízes históricas diferentes das nossas, possuem algumas características idênticas às dos portugueses, desde a localização geográfica em relação ao continente, o conservadorismo, a ditadura, etc. Aqui fica a sugestão…

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Tomamos um café?

Um professor, diante da sua classe de filosofia, sem dizer uma só palavra, pegou num pote de vidro, grande e vazio, e começou a enchê-lo com bolas de golfe. Em seguida, perguntou aos seus alunos se o frasco estava cheio e, imediatamente, todos disseram que sim.
O professor pegou então numa caixa de berlindes e esvaziou-a dentro do pote. Os berlindes encheram todos os espaços vazios entre as bolas de golfe. Voltou a perguntar se o frasco estava cheio e voltou a ouvir dos seus alunos que sim.
Em seguida, pegou numa caixa de areia e esvaziou-a dentro do pote. A areia preencheu os espaços vazios que ainda restavam e ele perguntou novamente aos alunos, que responderam que o pote agora estava cheio.
O professor pegou um copo de café (líquido) e deitou-o sobre o pote, humedecendo a areia. Então o professor disse:
'Quero que entendam que o pote de vidro representa nossas vidas. As bolas de golfe são os elementos mais importantes, como Deus, a família e os amigos. São aqueles com os quais as nossas vidas estariam cheias e repletas de felicidade. Os berlindes são as outras coisas que importam: o trabalho, a casa boa, o carro novo, etc. A areia representa todas as pequenas coisas.
Mas se tivéssemos colocado a areia em primeiro lugar no frasco, não haveria espaço para as bolas de golfe e para os berlindes. O mesmo ocorre nas nossas vidas. Se gastarmos todo nosso tempo e energia com as pequenas coisas, nunca teremos lugar para as coisas realmente importantes. Prestem atenção às coisas que são fundamentais para a vossa felicidade. Brinquem com os vossos filhos, saiam para se divertir com a família e com os amigos, dediquem um pouco de tempo a vocês mesmos, busquem a Deus e creiam nele, busquem o conhecimento, estudem, pratiquem o vosso desporto favorito...Haverá sempre tempo para as outras coisas, mas ocupem-se das bolas de golfe em primeiro lugar. O resto é apenas areia.'
Um aluno levantou-se e perguntou o que representava o café.
‘Bom, ainda bem que fizestes esta pergunta, pois o café serve apenas para demonstrar que não importa quão ocupada esteja a nossa vida, haverá sempre tempo para tomar um café com um grande amigo.’

Autor Desconhecido
(Adaptado para português)

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Lisboa-Beja em Bicicleta!

Foi há não muito tempo, esta passeata em bicicleta (meio de transporte do qual nem sou grande fã), que agora partilho e aconselho!
Arrancámos num Sábado de manhã…Começámos por descer até ao Terreiro do Paço e apanhámos à tabela o barco que nos levou até ao Barreiro. A ventania era bastante, mas lá seguimos em direcção ao Pinhal Novo, passando por uma série de bairros suburbanos de Lisboa. Almoço descansado no centro da Vila e continuámos caminho, agora já mais rural em direcção a Palmela, onde nos apercebemos duma excelente notícia: os 5/6 Kms que faltavam para Setúbal, seriam sempre a descer. Após passeata na baixa da cidade, veio a jantarada, com direito a jogo da Selecção e um descanso relativo na pousada da juventude (há ainda quem não perceba que pousada e repousar têm a mesma origem). No dia seguinte acordámos cedinho e apanhámos novo barco (foto) rumo a Tróia, altura em que iniciámos a pedalada até à Comporta. Depois de um café e de comprado o almoço no minimercado, virámos em direcção a Este, mais concretamente para Alcácer do Sal. No final da etapa o esforço já era mais que muito, mas finalmente chegámos a esta simpática cidade ribeirinha do Sado, onde ficámos no Parque de Campismo local. Sucedeu-se a habitual passeata de fim de tarde e um bom jantarinho, que foram a receita certa para uma boa soneca.
Para o terceiro dia estava reservada a etapa mais difícil, que por força de algumas contingências, só começou bem mais tarde do que o previsto, o que fez com que a chegada já fosse feita de noite. Fizemo-nos à estrada, já eram 15h, e apesar da difícil subida até à pitoresca vila alentejana do Torrão, valeu a pena o caminho e o belo final de tarde que nos acompanhou até à barragem de Odivelas. Chegámos tarde e de rastos, por isso foi montar tenda, banho, jantar e saco-cama.
Tudo tem uma razão de ser e se o escurecer da noite não nos tinha permitido apreciar a grande albufeira contígua ao parque, o amanhecer foi inspirador (foto) para o último dia desta jornada. Pequeno-almoço tomado e seguimos, agora pela primeira vez em terra batida, com algumas ribeiras a atravessar a estrada e umas paisagens deslumbrantes a acompanhar-nos! De regresso ao alcatrão atravessámos três típicas aldeias alentejanas e eis-nos na IP8 em busca do destino final: Beja!Chegados a Beja, foi almoçar e por força das saudades e deveres familiares, procurar a estação de comboio, no qual fizemos o regresso à capital…Foram 4 dias, uns duros 170 Kms e bons momentos que ficarão guardados na memória.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Barricadas Vs Pilares…

Diria que é uma contradição: o mundo onde cada vez mais o facilitismo é uma constante, é também um mundo onde cada vez mais existem “barricadas”, essas construções efémeras que dão abrigo momentâneo...E subsistem, quer seja nos empregos, nas famílias ou nos agrupamentos. Talvez porque procuremos algo que nos proteja, que proteja as nossas escolhas ou vontades pessoais, mesmo que estas muitas vezes sejam sinónimo de egoísmo.
O CNE como movimento escutista católico, oferece uma alternativa: a construção de pilares de vida, através de ideais e valores. Porque os pilares não escondem, antes guiam e comportam opções de vida, ajudando a erguermo-nos, mesmo nas adversidades. Ao contrário das barricadas, os pilares sólidos duram uma vida inteira e suportam a construção de novos pilares.
Cabe aos mais velhos dar o exemplo, deitando abaixo essas pequenas barreiras que dividem, abrindo espaço para a construção de uma “plataforma” solidária e fraterna, que será tanto maior, quanto maior for o número de pilares erigidos.

Tigre Audaz

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Aqui vou eu...

Ao longo da caminhada escutista, começada há muitos anos e que se há-de prolongar por essa vida fora (ligado ao movimento ou não), fui descobrindo que na vida há muitas maneiras de "caminhar"...Hoje em dia a internet, com tudo o de bom e de mau que nos trouxe, permiti-nos percorrer novos "caminhos" de conhecimento e partilha, numa época em cada vez é mais difícil fazê-lo da melhor forma (pessoalmente). Assim, faço-me ao "caminho" e aqui vou eu...