quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Ser ou estar, eis a questão!

Ainda na última semana abordava o cariz escutista do CNE, que parece estar ameaçado com a perda de características fundamentais do próprio escutismo, aproximando-o de qualquer projecto de intervenção social ou grupo de jovens, onde o jovem “está” inserido.
No escutismo é diferente, porque começamos por “estar” nos escuteiros, mas acabamos por nos tornar escuteiros, ou seja, passamos a “ser” escuteiros. E isto faz toda a diferença, porque implica um forte compromisso e identificação pessoal, “sendo” escuteiros aqueles que adoptam o seu método e valores como referências de vida, daí a expressão corrente “escuteiro um dia, escuteiro toda a vida”. Método esse de BP, que visa o desenvolvimento integral dos jovens, através do “jogo escutista”, que é jogado em “patrulha”, no “ar livre”. Esperemos que por força das mudanças que se perspectivam, daqui a uns tempos não se diga “estive” nos escuteiros, ao invés de “fui” escuteiro.

Ironicamente, porque na língua de Shakespeare não existe distinção linguística entre “ser” e “estar”, poderá dizer-se ao estilo adaptado do poeta: ser ou estar, eis a questão!

Tigre Audaz

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