quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Green Day no Pavilhão Atlântico!

Dia 28 de Setembro, era O DIA de ter a possibilidade de ver ao vivo aquela que foi sempre a banda n.º 1. Estive lá e as expectativas cumpriram-se. Apesar de em Portugal não haver uma cultura punk propriamente dita (num povo tão conformado com o seu fado, era difícil ser diferente), foi engraçado verificar que os próprios fãs são o reflexo do percurso da banda. Se por um lado havia uma grande percentagem de trintões (alguns já com os filhos), adeptos desde o rebelde álbum “Dookie” de 1994, por outro há agora uma nova geração conquistada com o mais interventivo “American Idiot” de 2004.
Mesmo com a evolução natural, a força e a energia estiveram em palco desde o inicio ao fim. Muita interacção com o público, muitos êxitos antigos recordados, pirotecnia quanto baste e muitos fãs em palco, onde o momento alto aconteceu, quando um jovem fã assumiu o papel de guitarrista e tocou irrepreensivelmente “Jesus of Surbubia”. A não esquecer…

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

A história de Edgar Sawtelle

Foi o título escolhido, um pouco ao acaso, para literatura de verão (dado o seu volume, este verão foi mesmo a única). A primeira obra de David Wroblewski, que tem a curiosidade de ter levado dez anos a ser escrita, é um romance que se lê bem e que trata a história de uma criança muda de nascença, cuja família tem uma longa tradição na criação de cães. É a própria vivência de Edgar Sawtelle, que o leva a questionar-se acerca da verdadeira natureza destes animais. Com um desfecho imprevisível, é um livro que nos leva à reflexão.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Matéria prima, precisa-se!

É um texto já com algum tempo, mas relembrei-o hoje num mail que recebi e julgo que faz todo o sentido partilhá-lo, tendo em conta as eleições que se avizinham.

"A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como Cavaco, Durão e Guterres.
Agora dizemos que Sócrates não serve.
E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada.
Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates.
O problema está em nós. Nós como povo.
Nós como matéria prima de um país.
Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro.
Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais.
Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais
poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL,DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.
Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa,como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos... e para eles mesmos.
Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porqueconseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo, onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos.
Pertenço a um país:
-Onde a falta de pontualidade é um hábito;
-Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano.
-Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e, depois, reclamam do governo por não limpar os esgotos.
-Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros.
-Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é 'muito chato ter que ler') e não há consciência nem memóriapolítica, histórica nem económica.
-Onde os nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média e beneficiar alguns.
Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicaspodem ser 'compradas', sem se fazer qualquer exame.
-Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não lhe dar o lugar. -Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão.
-Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos governantes.
Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de trânsito para não ser multado.
Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas.
Não. Não. Não. Já basta.
Como 'matéria prima' de um país, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que o nosso país precisa.
Esses defeitos, essa 'CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA' congénita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até se converter em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é real e honestamente má, porque todos eles são portugueses como nós, ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não noutra parte...
Fico triste.
Porque, ainda que Sócrates se fosse embora hoje, o próximo que o suceder terá que continuar a trabalhar com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos.
E não poderá fazer nada...
Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá.
Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco, nem serve Sócrates e nem servirá o que vier.
Qual é a alternativa ?
Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror ?
Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa 'outra coisa' não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados... igualmente abusados !
É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimentocomo Nação, então tudo muda...
Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um messias.
Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses nada poderá fazer.
Está muito claro... Somos nós que temos que mudar.
Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a acontecer-nos:
Desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e,francamente, somos tolerantes com o fracasso.
É a indústria da desculpa e da estupidez.
Agora, depois desta mensagem, francamente, decidi procurar o responsável, não para o castigar, mas para lhe exigir (sim, exigir)que melhore o seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido.
Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO DE QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO.
AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO NOUTRO LADO.
E você, o que pensa ?... MEDITE !"

EDUARDO PRADO COELHO in Público

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Seremos o que quisermos!

Talvez nunca em anos recentes, os portugueses tenham tido a oportunidade de em apenas quinze dias, decidirem, através das duas eleições que mais directamente influenciam a nossa vida, o rumo querem seguir. Coincidindo com o regresso ao trabalho, vêm numa altura propícia a tomadas de decisão.
Numa sociedade que se quer equilibrada, cabe a cada um de nós ser agente da mudança. E esta mudança não se refere a cores partidárias, mas antes à vontade de construção de uma sociedade mais justa e de um lugar melhor para viver. É por isso dever de todos informarem-se, esclarecerem-se, para com discernimento exercer nos próximos dias 27 e 11, aquilo que é um direito cívico, mas também uma forma de participação no mundo que nos rodeia: votar!

Como diz a múscica: seremos o que quisermos!

Tigre Audaz

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Novo ano escutista!

Mais um ano... Será apenas mais um? Para alguns talvez, mas para aqueles que adoptam o modo de vida que BP preconizou, nunca será apenas mais um! Porque este é o tempo de recomeçar de novo, de rever amigos, de promover chegadas e partidas, de construir novas patrulhas e equipas, de escolher novos guias e funções. É o tempo de ir à procura de novas aventuras, de idealizar novos empreendimentos e de percorrer novos caminhos. No fundo, é o tempo de sonhar e entusiasmar...Apenas este espiríto de querer chegar mais além dará sentido ao Escutismo, à vida dos jovens que com ele se comprometem e à dedicação que tantos animadores lhe têm, procurando torná-lo todos os dias um trilho autêntico rumo à felicidade!

Tigre Audaz