quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

A memória de BP!

Destaca-se outra notícia esta semana, desta vez sobre a hipotética ordem de Baden Powell, para execução de um líder tribal aquando da liderança do exército inglês na África do Sul, em 1896. Em primeiro lugar, é de estranhar que tal acto só venha a público passado mais de um século, considerando a exposição mediática crescente que BP foi tendo ao longo da sua vida. Por outro lado, no momento actual que se vive, já não causa tanta estranhesa, os quase permanentes "ataques" dirigidos à Igreja e a todos os movimentos a ela associados, sob qualquer forma e feitio, uns mais disfarçados, outros mais frontais. Pena é, que a comunicação social não procure expor os benefícios que o escutismo traz à vida de um sem número de jovens, há mais de 1oo anos.
Ainda que este episódio fosse verdade, numa perspectiva escutista, teria sempre pouca relevância por vários motivos. Primeiro, à data desse acontecimento, BP não tinha feito promessa alguma (ao contrário do que sugere a notícia sensacionalista) e defendia com bravura os interesses do seu país naquele território, motivo pelo qual foi distinguido posteriormente. Depois, a fundação do movimento escutista só se deu 11 anos mais tarde, sendo mundialmente o maior movimento juvenil, o que fala por si só. Por último, quem não erra na vida? Para os cristãos, a conversão de São Paulo, apóstolo e autor de textos sagrados, talvez seja o grande exemplo de que uma vida vale pelo seu todo, e o bem que a visão de BP trouxe, traz e trará, à vida de cada escuteiro, é incomparavelmente maior que um erro que eventualmente possa ter cometido num contexto de guerra.

Tigre Audaz

1 comentário:

  1. Bem escrito e suficentemente explicíto. Ainda por cima se até o D. Afonso Henriques deu um tareão na mãe e fechou-a num quarto semi-escuro.

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