terça-feira, 28 de julho de 2009

Formação de adultos? Para quê e para quem?

O CNE tem em projecção mais uma actividade formativa proposta para o inicio de Setembro, com um conceito novo em relação ao que habitualmente é feito na associação e que poderá ser bastante interessante.

Contudo, surgem algumas questões pertinentes em relação à mesma: Será que participa quem quer ou quem pode? Será que os que querem e podem, são os que mais precisam? As verbas que irão ser gastas nesta actividade, não poderiam ser melhor aproveitadas? Mais algumas questões poderiam surgir, talvez simplesmente por continuarmos a não ir ao fundo desta questão.

É hoje visível que os Recursos Adultos são a área que mais necessita de uma renovação na associação, quer a nível de perfil dos animadores, quer a nível de formação. E se a primeira só poderá mudar com um melhor recrutamento, que será tanto melhor quanto melhor for a base de escolha (o que por sua vez também está dependente da animação nos agrupamentos), a segunda só poderá melhorar com a alteração dos requisitos para se estar apto para a animação no CNE.

Isto é, a formação no CNE deveria ser flexível, mas contínua e obrigatória, não estando apenas dependente da vontade do animador, até porque provavelmente aqueles que o fazem voluntariamente, serão por norma, os melhores preparados. Outra questão prende-se com a necessidade de disponibilizar recursos regionalmente, permitindo o acesso fácil e sistemático, a todos. Haverá muitos detalhes por pensar, mas este é um caminho, com certeza grande, que precisa de começar a ser percorrido, pois só ele poderá preparar o CNE para um futuro onde se querem resultados mais visíveis da nossa acção.

Tigre Audaz

sexta-feira, 24 de julho de 2009

O Bom Rebelde

Estreio esta nova temática do blog, com O Bom Rebelde, filme já visto inúmeras vezes, mas que ainda assim transmite-nos sempre mais qualquer coisa, cada vez que se vê.
Foi o que fiz há pouco tempo, e se calhar hoje, mais do que há dez anos, quando foi lançado, o filme aplica-se à realidade: nas defesas que criamos à nossa volta, não mostrando aquilo que realmente somos, na dificuldade em pôr os nossos talentos aos serviço do bem comum e talvez na ausência de vivências plenas que enriqueçam a vida de cada um (notável a conversa do psiquiatra na segunda sessão com o jovem Will).

Tigre Audaz

terça-feira, 21 de julho de 2009

E a Terra?

Celebrou-se ontem mais um aniversário da primeira pegada colocada pelo Homem na Lua... Passados 40 anos, fica a pergunta: que impacto teve esse momento no nosso mundo?

Apesar do grande mediatismo que teve, esse acontecimento visto nos dias de hoje, parece que foi apenas uma conquista disputada entre duas nações e um gasto de recursos desnecessários, mesmo sendo certo que por outro prisma pode ter sido o impulso no desenvolvimento de uma série de tecnologias e conhecimentos.
Se dantes esta era uma matéria com algum fascínio, hoje, avaliando o estado do nosso planeta quatro décadas depois, preocupa o facto de não conseguirmos preservá-lo e talvez faça sentido pensar que toda a energia gasta nesse empreendimento, poderia ter sido investida na melhoria da Terra. A não ser que estejamos a pensar na mudança de "casa"...

Tigre Audaz

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Caminheirismo: o “estágio” escutista?

É curioso observar que quanto mais lemos as obras de BP, mais vamos percebendo a capacidade que este tinha para criar respostas adequadas às necessidades da juventude. O livro A Caminho do Triunfo é uma boa prova disso mesmo.

O Caminheirismo, em inglês Rovering, é a última etapa de formação escutista, a que corresponde a idade de jovens adultos (dos 18 aos 22 anos), e onde estes se tornam os principais mentores do seu próprio trajecto. Aqui o percurso torna-se mais personalizado, onde através do Projecto Pessoal de Vida, o jovem adulto com o apoio do seu animador, estabelece objectivos a alcançar nas suas várias dimensões pessoais. Destes objectivos alguns concretizar-se-ão individualmente, sendo que os outros poderão ser intenções expressas na Carta de Clã, concretizadas na Caminhada.
Também a substância da sua actividade muda juntamente com a sua divisa (agora Alerta para Servir), deixando a técnica escutista e a vida em equipa, de ser um fim do seu projecto, para passarem a ser ferramentas na concretização da Caminhada. No fundo, trata-se de uma etapa mais autónoma, onde se fazem opções, experimentando viver todos os valores e aprendizagens, interiorizados ao longo do percurso escutista, o que será na realidade, uma espécie de “estágio” acompanhado…

Uma última nota para dizer que tudo isto pensado por BP, será o suficiente para podermos entender a importância da vivência desta etapa, em detrimento de uma Comissão de Serviço numa Secção, que tantas vezes a hipoteca!

Tigre Audaz

terça-feira, 14 de julho de 2009

Férias: paragem ou arranque?

É assim, as férias que já vão sendo realidade para alguns, aproximam-se também para outros, e neste tempo entre o "final" e o "princípio", as opções de cada um são as mais diversas, sendo sempre o reflexo daquilo que são as nossas vidas.

Por um lado é o chegar ao fim de um caminho, e por isso mesmo um tempo de paragem, em que se procura descomprimir, descansar e divertir, fazendo aquilo que um ano de "correrias" desenfreadas para o cumprimento das responsabilidades que a sociedade nos induz, não permitiu concretizar.

No entanto, noutra perspectiva, é também o arranque de um novo ciclo, onde se sonha, projecta e se traçam metas para o ano vindouro, sempre em busca de um discernimento acertado que nos permita um equilíbrio entre deveres e gostos.

É no fundo uma etapa de recarregar energias e de ao mesmo tempo reflectirmos onde as pretendemos gastar.

Tigre Audaz

quinta-feira, 9 de julho de 2009

National Geographic em Português

Este mês foi lançado o 100.º número da revista National Geographic Portugal, marca assinalável para uma publicação que veio colmatar uma lacuna existente na nossa imprensa escrita… Com artigos variados e interessantes ao longo destes 100 números, abordando as áreas da geografia, história, cultura, ciências e ambiente, entre outras, penso que esta revista tem enriquecido os conhecimentos dos seus leitores.

Destaca-se ainda neste número, o artigo sobre a vida do fundador D. Afonso Henriques, sendo que a compreensão das nossas origens é importante para, por um lado reforçar o nosso sentido de pertença e identificação enquanto povo neste mundo globalizado, mas por outro perceber que aquilo que também não somos assim tão diferentes dos demais…

Tigre Audaz

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Um bem precioso!

Dando eco ao paradigma já observado nos locais mais remotos do planeta, hoje, aquele que é um problema do presente e que se nada for feito se tornará num dilema do futuro, já se verifica cada vez mais perto de nós.
Como relata a notícia, o aquecimento do planeta associado a uma menor precipitação e a um consumo de água desmesurado por parte da população, está a provocar o desgaste de uma das mais belas paisagens de Portugal que já tive oportunidade de visitar. As consequências poderão ser catastróficas, por isso cabe a cada um defender aquilo que é "nosso", sendo que apenas esta compreensão poderá mudar o destino do planeta. Fica portanto a esperança de poder legar estas e outras maravilhas aos que vierem depois de nós.

Tigre Audaz

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Lobitismo: a escolinha escutista!

Talvez seja por serem orientados por chefes mais velhas, ou talvez por ainda terem tenra idade, mas sempre me causou alguma estranheza ver alcateias que funcionam como um qualquer ATL.

Ao contrário desta perspectiva, olho para esta etapa como uma oportunidade de iniciação à assimilação dos aspectos mais básicos da vivência escutista. Assemelha-se no fundo ao papel de escolinha, como o primeiro ciclo escolar onde aprendemos a ler e a escrever, ou como na escolinha de futebol, em que se aprende a receber e passar a bola. Aqui devia-se aprender o “jogo escutista”, a higiene pessoal, o montar a tenda, o arrumar a mochila, a vida em campo, etc...

Evitava-se aquilo que acontece tantas vezes, ou seja, que o jovem chega aos exploradores depois de 3 ou 4 anos na Alcateia, e continua a depender do animador para a concretização de muitas destas tarefas.

Outro aspecto que importa referir é o facto de muitas vezes os lobitos não transitarem para a II Secção na altura mais natural, isto é, quando transitam do primeiro para o segundo ciclo escolar. A razão maioritária, prende-se com a intenção das Aquelás terem lobitos mais velhos que tornem a Alcateia mais “forte”. Mas não faz sentido, porque o que se pretende é o desenvolvimento do jovem, e nesta fase só os ajudará a crescer, fazer esta mudança.

Tigre Audaz

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Eu voto no Partido pelas Pessoas!

Está-se a tentar reunir, as assinaturas necessárias para a criação de um Partido pelos Animais. É uma liberdade que assiste a qualquer um, mas não consigo entender que numa sociedade onde existe tanta pobreza, onde crianças são vitimas de maus tratos, etc., se gastem tantas energias nesta causa. Até porque para esse tipo de acção, existem associações e outras entidades, que poderão é fazer mais e melhor.
O que me parece óbvio, é que os actuais partidos fazem pouco pelas pessoas, porque estas fazem muito por si e pouco pelos outros. Por isso apoiarei sim, aquele partido que em primeiro lugar defenda as pessoas e que procure o seu bem-estar!

Tigre Audaz